Ir. Lúcia Weiler (teologa)
A Vida Religiosa, como estilo de vida, nasce na Igreja, a partir do século III . É um movimento que vive a radicalidade do seguimento, procurando manter viva e explícita a proposta original e radical de Jesus Cristo e de sua causa: o Reino de Deus. Aconteceram três ciclos – momentos – ou ondas e agora estamos num período de crise e novo momento de busca de identidade num mundo complexo e plural...
Primeiro momento: De um cristianismo frouxo para um cristianismo de deserto (Antão, Basilio de Cesareia e Pacômio). O modelo monástico da Vida Religiosa entra em crise no momento em que se deixa corromper pelo poder político, eclesiástico e se torna uma potência econômica.
Segundo momento: Movimento dos Mendicantes. Movimentos pauperistas: “Uma Igreja dos pobres contra uma Igreja dos nobres” (JBL). Em sintonia com estes movimentos surgem as ordens mendicantes: Franciscanos, Carmelitas, Dominicanos...Experiência do Cristo pobre entre os pobres.
Terceiro momento: Os movimentos de Diaconia. Advento da modernidade, das descobertas de novas terras e o contato com novas culturas e povos : nova encruzilhada histórica no mundo ocidental. O foco era o cuidado do ser humano de modo integral e sobretudo o cuidado dos pobres, órfãos, excluídos.
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