nortear
por ela. Eles eram originalmente sacerdotes Persas, mas também astrólogos, por
isto mesmo conheciam as estrelas com precisão.
Eles
viram uma estrela diferente, provavelmente um “conjunto estelar”. Os astrônomos
falam de uma aproximação de júpiter e saturno ocorrida no ano 7 a.C. como
júpiter era o astro dos reis, e saturno, a estrela Palestina, era perfeitamente
possível que os astrólogos da Babilônia tivessem interpretado essa constelação
como sinal do nascimento de um filho real em Israel. Daí a procura dos magos
por um rei dos judeus.
Os
padres da Igreja também associam Jesus a outra estrela, a “estrela matutina”. A
estela da manhã é aquela que traz a luz. A Igreja primitiva levava a sério a
realidade cósmica. Desde sempre as pessoas são fascinadas pela luz clara da
estrela matutina. Os padres da Igreja incorporam essa experiência cósmica e a
relacionam com o Cristo. Em Cristo, o mistério da estrela é cumprido. Em seu
nascimento, Cristo se ergue como a estrela matutina: “Porque vindo das alturas,
trouxe a luz para nós que nos encontramos na solidão e na sombra da morte”.
Mas
além da realidade cósmica, a estrela representa também nossa “busca de Deus”:
almejamos uma realidade que transcende o mundo criado. Almejamos um mundo
divino. Os magos não representam apenas outros povos e culturas, mas também nossa própria busca de Deus. Eles só chegam a
Jesus, quando se põe a caminho e ainda quando não têm vergonha de pedir ajuda:
onde está o rei dos judeus? Deixam para traz tudo que sabiam e, admirados, caem
de joelhos perante o mistério de Deus, velado em Jesus Cristo.
Realizaram
o que hoje convencionalmente chamamos de “itinerário de fé”. Buscam a verdade,
são honestos, se deixam interpelar por idéias diferentes (a Sagrada Escritura,
por exemplo) e ao fim desta busca conseguem encontrar Jesus. Sem sobra de
dúvida: “uma busca honesta e dinâmica da verdade conduz até Deus” (por exemplo
Edith Stein).
Ao
encontrar Jesus, aqueles magos fizeram uma profunda experiência de fé,
experiência que mudou não apenas a mentalidade, mas a vida deles. Prova disto é
que Mateus relata que eles voltaram por outro caminho, ou seja, a vida não foi
mais a mesma para eles. Foram transformados pela experiência do Mistério.
Hoje, a
estrela que deve conduzir as pessoas a Jesus é o nosso testemunho de vida.
Devemos ser “Epifania (luz) de Cristo para o mundo”
Dom
José Roberto forte
Bispo da auxiliar da região Ipiranga
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