Sagrada Familia de Burdeos: CONGRESSO DA VIDA CONSAGRADA

O Congresso da VRC que aconteceu nos dias 07 a 10/04 reuniu na casa da Mãe Aparecida, duas mil cento e cinqüenta consagradas/os. No inicio o convite d (CRBN), era para um Seminário por ocasião do Ano da Vida Consagrada. O que não esperavam é que, o coração da VRC ardia, porque já haviam escutado-O pelo caminho e estava sedenta por partilhar, celebrar, renovar, reanimar e buscar juntos um novo jeito de ser igreja e um novo jeito de ser consagradas/os no mundo atual.

Acolhendo as provocações do papa Francisco, que por sinal incomodam bastante quando pronuncia. Entre tantas coisas bonitas e difíceis que fala e/ou escreve os três aspectos a serem desenvolvidos: “olhar o passado com gratidão, o presente com alegria e o futuro com esperança” e quando se refere à vida comunitária e a missão se tornaram o centro das atenções para minha vida consagrada.

Que lindo poder agradecer e louvar a Deus e as irmãs que me precederam que preparam tudo para que eu pudesse chegar até onde cheguei. Passaram por mares tenebrosos, por caminhos pedregosos no intuito de responder os apelos de Deus. Mas com certeza se alegraram muito!!!

O presente me pertence. Cabe a mim, decidir como desejo vivê-lo: lamentando, sem esperança, fechada em meu eu, nas minhas enfermidades ou com superações, abertura, alegria e esperança...? “Quem passa a noite reclamando o sol, nunca poderá contemplar as estrelas” e “quem dorme amargurado, acorda azedo” dizia alguns dos assessores.

O futuro não me pertence, mas isto não me impede de projetar, sonhar... Não posso permitir que a frustração, desentendimento, critica me façam perder o foco. Um dos palestrantes lançou uma pergunta que me inquietou: porque não transformo (transformamos) o que quero (queremos) que seja transformado? Dizia outro: “aqui estamos para evangelizar nossa própria vocação, para testemunhar a beleza do seguimento de Jesus Cristo, para rezar, não apenas repetir palavras”. A transformação nasce da oração e da missão

Deu-me muita alegria e esperança ver aquele grupo super animado e com coragem de empreender novos caminhos. No que se refere à missão, a mística e a vida comunitária, para quem opta pela VRC é impossível desconectar uma da outra, elas caminham juntas e uma é suporte para a outra. Não existe missão sem mística, como também não existe mística sem missão.

Termino transcrevendo algumas tendências que oferecem renovação e transformação apontadas pelo Ir. Afonso Murad que falou sobre “Oportunidades e perspectivas para a Vida Consagrada no mundo contemporâneo: a subjetividade, encantamento da fruição, gênero e sexualidade, padrão de consumo e simplicidade. As Mega tendências: mudança no cenário popular, novas formas de pobres e excluídos, distanciamento do pobre, mística, espaço virtual e presencial, educação, sensibilidade ecológica, internacionalidade e interculturalidade.