18 de octubre de 2015

JUVENTUDE: MISSÃO, PROFECIA E JUVENTUDE















Este foi o tema da Assembléia Regional da CRB (Conferencia dos Religiosos do Brasil) realizados em São Paulo no dia 15/08/2015.

O tema foi desenvolvido por Carmem Lucia (leiga). Ela tratou o assunto com muita propriedade e com uma visão externa da VRC (Vida Religiosa Consagrada), pois se tratava de uma leiga falando para VRC. Carmem é Socióloga, Professora. Começou dizendo que vocação é: Escolha – Decisão – Ação e que “Não há Mística sem Profecia e não há Profecia sem Mística. 

Tomando a encíclica do papa Francisco “Cuidar da Casa Comum” reforçou a idéia de que a missão é tarefa de todos e não apenas de algumas pessoas ou de um grupinho. É preciso unir “todas” as irmãs para formar uma equipe e um plano de ação para a PV. Repensar a vida comunitária como uma “formação compartilhada”. O jovem busca coisa que faz sentido para a sua vida.

Através de um vídeo, situou-nos na realidade sócio-política e econômica, para desde aí continuar sua exposição ajudando a assembléia entender e perceber a diferença das classes sociais, onde a riqueza se concentra nas mãos de poucos e a grande maioria não tem nada. Nesta última classe se encontra a juventude.

É preciso identificar fronteiras, onde a VRC é chamada para um serviço de “transformação”. Muitas vezes a promoção vocacional se preocupa mais com vocações para o Instituto do que com a transformação da sociedade. Para transformar, é necessário sair, ir ás fronteiras da juventude. Ir a fronteira da juventude supõe: perder o medo do jovem, perder o medo de perder, sair da UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Como aproximar do jovem? Desde nossos conceitos, mentalidade aprendida – estruturada ou, desde a juventude e de suas necessidades? Nosso trabalho vocacional visa a transformação da sociedade ou queremos vocações para manter nossas instituições? Desde onde olhamos a juventude? Desde as mídias ou desde o evangelho?

 Há conceitos que permanecem. Quem nunca falou ou escutou coisa semelhante?
“Nossos adolescentes atuais, parecem amar o luxo. Têm maus modos e desprezam a autoridade e passam o tempo todo vagando nas praças... são propensos o ofender seus pais, monopolizam a conversa quando estão em companhia de outras pessoas mais velhas; comem com voracidade e tiranizam seus mestres” (Sócrates, séc V a.C)

“Não vejo esperança para o futuro do nosso povo se ele depender da frívola mocidade de hoje, pois todos os jovens são por certo, indizivelmente frívolos... quando eu era menino, ensinavam-nos a ser discretos e respeitar os mais velho, mas moços de hoje são excessivamente sábios e não toleram restrições” (Hesíodo, séc. VIII a.C)

Conseguir mais vocações é um trabalho lento, vai de três a cinco anos. Exige seqüência e acompanhamento da juventude. Saber em que mundo vivemos e como queremos “servir” a este a mundo. É preciso tocar nas estruturas. Jesus assim o fez.

O medo é um aliado do sistema estrutural, a comunidade se encolhe diante do medo. Atrás do medo e da droga há uma “ideologia” –  nos acomodar.  Isto nos distancia da juventude. A ideologia da droga, antes era para eliminar mão de obra, hoje a ideologia da droga é para matar, diminuir pessoas. Trabalhar com jovens supõe decisão e decisão gera cicatriz.
Quase sempre reproduzimos idéias

Vivemos numa sociedade “adultocentrica”. Temos às vezes, medo das perguntas dos jovens, porem, quando o jovem faz perguntas, ele está querendo saber o que é melhor para ele mesmo. Para “transformar” e formar jovens “pensantes” é preciso mudança de mentalidade, sair de nossos esquemas, olhar a juventude desde suas realidades, vencer medos e preconceitos e ter um plano de ação.

Elementos necessários para um Plano de ação:
·          Escutar os jovens para fazer as renovações necessárias
·          Formar grupos de jovens
·          Saber quem são os jovens hoje
·          Levar a juventude a sério
·          Apresentar o que temos para oferecer
·          Ter claro onde queremos chegar
 Ir. Vanda
Brasil

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