4 de septiembre de 2010

REALIDAD NACIONAL

B R A S I L



No dia 19 de Agosto de 2004, 7 moradores de rua do centro da cidade de São Paulo foram brutalmente assassinados com certeiros golpes na cabeça, durante a noite, enquanto dormiam. Sete pessoas morreram, mas outras que também foram golpeadas sobreviveram e hoje sofrem de distúrbios mentais e físicos em conseqüência dessa violência.

Durante os 5 anos que se seguiram ao massacre, as organizações que trabalham com a população de rua, o Movimento Nacional do Povo da Rua, o Fórum Permanente de acompanhamento das políticas públicas e a Pastoral do Povo da Rua têm buscado a justiça, que significa punição para os culpados, para denunciar a agressividade de grupos organizados contra a população de rua. Iniciado o processo de investigação, duas testemunhas foram assassinadas, o que evidencia a força de quem está por trás dessas mortes. Até hoje nada foi feito. Não é que os culpados não foram encontrados, eles simplesmente não foram “tocados”.

Vivemos numa sociedade que tem memória curta, em pouco tempo as maiores barbáries deixam de aparecer na mídia e caem no esquecimento. Mas, não deveria ser assim, principalmente quando se trata de vidas humanas ceifadas pela violência e interesse de uns poucos. Por isso, para não perder a memória e resistir na busca por justiça, as organizações e pastoral prepararam uma série de eventos para a semana de 14 a 20 de Agosto, que inclui momentos de oração, debates, filmes, com destaque para o Ato Público que será realizado no dia 19, na Praça da Sé, às 12h., em memória de todos os que tombam vítimas da violência, e em exigência do cumprimento da Justiça e do direito à Vida para todos.

Geni Do Santos
Comunidad VILA MORÃES. Brasil

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