7 de abril de 2013

ESPIRITUALIDADE ECOLÓGICA

Mais de 800 jovens religiosos reuniram-se, em Aparecida do Norte, durante o Carnaval 2013.

Inspirado em Lc 24,32 “Ardia o nosso coração, quando Ele nos falava no caminho”, o objetivo do Congresso estava plasmado em seu slogan: “Novas Gerações, tecendo relações, construindo caminhos”. Os trabalhos em grupo (oficinas) foram chamados de caminhos, por onde andamos e onde Jesus nos encontra, conversa conosco e fala das Escrituras. Participei do caminho que mais me interessou: Ecologia.

Logo no começo, foi-nos sugerida uma apresentação diferente: nome, congregação, bioma de origem e bioma onde vive (em vez de lugar de nascimento e de trabalho). Essa proposta já contém uma provocação: O que é um bioma? Quais as características do meu bioma de origem? E onde atuo? Quantos biomas temos em nosso País? E na América Latina?

Está aí o desafio: Você sabe responder a essas perguntas? Se não souber, procure investigar, verá que vale a pena.

A segunda provocação veio com uma pergunta: A espiritualidade cristã é ecológica?

Sim, a espiritualidade cristã é ecológica: seguimos o ciclo lunar, as parábolas de Jesus estão sempre relacionadas com a natureza...

Mas, depois da Revolução Industrial, nós nos desviamos dessa harmonia que marcou os primeiros tempos do Cristianismo. Entramos na esfera do pensamento de Descartes: a natureza é objeto de estudo. Diferente de Francisco de Assis que vivia a integração: a natureza é vida, é irmã.

Vivemos, hoje, um dilema: não conseguimos nos desfazer da cultura consumista, capitalista, anti-ecológica. Por que é tão difícil uma postura ecológica?

A 1ª atitude para uma cultura ecológica é a atitude de despojamento.

Hoje, fala-se muito em Espiritualidade Ecológica. A que se deve isso?

Toda espiritualidade nasce de uma experiência de crise. A espiritualidade ecológica nasce, neste momento de crise do mundo: crise ambiental, crise alimentar.

Vivemos num tempo em que a economia está submetida à lei do mercado, ao consumo. Economia e consumo não atuam na esfera da necessidade, mas no desejo. Nossos desejos podem ser infinitos, mas os recursos são finitos.

Retorna para nós, cristãs/os, religiosas/os, a questão fundamental:

Como propor algo diferente da sociedade de consumo? Cristo, a quem seguimos, era despojado, não acumulava.

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